Estes dois criadores do campo da música electrónica de dança aceitaram o desafio da Filho Único e do seu programa Noites de Verão para uma residência artística; uma encomenda de música original em colaboração e com recurso ao Ambisonics. Realizada em Março último em Bergen, na Noruega, em parceria com a Ekko e o apoio dos EEA Grants, a peça “O Nosso Pão” foi desenvolvida sob os auspícios do Ambisonics, um método de gravação, mistura e reprodução de áudio tridimensional em 360 graus. Com origem académica governamental nos anos 70 no Reino Unido, foi ganhando lento, mas gradual reconhecimento internacional com o desenvolvimento da indústria da Realidade Virtual. Para além da inspiração que procuramos oferecer ao público através do encontro destas duas luminárias europeias contemporâneas e da música nova produzida, o nosso objectivo passa também por divulgar o Ambisonics nas comunidades de músicos e compositores, artistas visuais, estudantes de artes e engenharia de som, como um instrumento valioso e de uso livre para a prática artística e desenvolvimento de propostas estéticas de horizontes expandidos.
Björn Torske é um produtor de música eletrónica de Trømso, Noruega, trabalhando desde o final dos anos 80 numa versão muito personalizada de House vinda daquele país, recebida com entusiasmo e paixão pelo mundo fora. O currículo e a discografia de Bjørn são vastos e múltiplos; para além de imensas colaborações com artistas noruegueses seus pares – Prins Thomas, Lindstrøm, Todd Terje, entre outros – por via de co-produções e remisturas, também o fez com nomes da pop nórdica, como Royksøpp ou Erlend Oye.
O luso-angolano Dj Nigga Fox é um produtor de música electrónica raro e diferente, com um caminho de protagonismo associado à Príncipe Discos e à internacionalmente celebrada cultura musical afro-diaspórica desenvolvida, e em desenvolvimento, em Português, particularmente a partir da Área Metropolitana de Lisboa. A sua discografia iniciou-se com o revolucionário debute “O Meu Estilo” em 2013, inclui “Crânio” publicado pela britânica Warp, e o mais recente “Música da Terra” deste ano.
