ZDB

Artes Visuais
Exposições

Gyres

— Exposição de Ellie Ga

16.09 — 27.11.21
Galeria Zé dos Bois

INAUGURAÇÃO
Dia 16 de Setembro às 18h

De segunda a sábado
Das 18h às 22h

1
1
1

A artista americana Ellie Ga expõe individualmente pela primeira vez em Portugal, na Galeria Zé dos Bois, apresentado Gyres, uma exposição que parte de Gyres 1-3, instalação exibida na The Whitney Biennial of American Art em 2019, tendo depois passado, entre outros, pelo Videonale – Festival for Video Art at Kunstmuseum Bonn, pelo FID Marseille, Le Plateau – FRAC Ile-de-France em 2020.

Em oceanografia, os giros (gyros em grego: um círculo, um anel) são uma combinação de ventos e de correntes que produzem padrões orbitais no oceano. Alguns detritos costumam ficar presos nestes giros, e por vezes, são libertados pelo giro e dão à costa.
A instalação vídeo de Ellie Ga tece narrativas interconectadas com foco nos diversos objectos que chegam à costa. Definida pela cadência da sua própria voz, Ga faz deslizar fotografias transparentes numa mesa de luz, movimenta-as umas em direcção às outras, criando um ritmo que ecoa aos destroços, levados para a costa pelas ondas e arrastados para longe.
Ouvimos histórias de um oceanógrafo que usa detritos que caíram de navios porta-contentores para mapear a circulação do giro do Oceano Pacífico. Semelhantemente, os destroços do tsunami de 2011 no Japão são usados para reconstruir as travessias transoceânicas feitas pelas espécies invasoras. Em Gyres, o espectador encontra histórias e objectos de migrações forçadas pelo Mar Egeu. Ouvimos falar de rituais de lançamentos de mensagens em garrafas, e ofertas de sapatos de metal para apaziguar o Arcanjo Miguel nas mesmas ilhas gregas. De pessoas que acabam em praias distantes, apenas para que lhes digam que não pertencem ali. Objectos que acabam longe das suas origens, recolhidos e postos em exposição pelos respigadores de praia. Em Gyres, as narrações são construídas através de conversas e encontros casuais. Uma conversa encontra-se dentro de outra conversa. Os locais fluem de um para o outro.
Ellie Ga explora como os destroços podem falar sobre o que foi deixado para trás e o que reaparece continuamente.

Ellie Ga

Ellie Ga é uma artista nascida em Nova York e residente em Estocolmo, cujas investigações imersivas e abrangentes incluem a classificação de manchas nas calçadas das cidades até o mapeamento do quotidiano nas regiões geladas do Oceano Ártico. Em performances e vídeo-instalações, as narrativas trançadas de Ga entrelaçam uma extensa pesquisa com experiências em primeira mão que muitas vezes seguem pistas incertas e tomam rumos inesperados. Ellie Ga expôs internacionalmente no New Museum, The Kitchen e no Guggenheim Museum em Nova York, e no M-Museum, Leuven; Le Grand Café, Saint-Nazaire, entre muitos outros.

Programa Relacionado

Próximos Eventos

aceito
Ao utilizar este website está a concordar com a utilização de cookies de acordo com o nossa política de privacidade.