É um ofício diário, o diálogo. “I might repeat myself” vagueia na forma de performance, descortinando a voz e a palavra entre fragmentos de ruído, flauta e cantilenas.
Joana de Sá (field recordings, voz, flauta, eletrónicas, composição e improvisação eletroacústica).
O seu trabalho sonoro — intrinsecamente ligado à arte sonora — combina gravações de campo, a voz ou instrumentos clássicos/tradicionais em composições musicais, numa lógica de storytelling, recorrendo muitas vezes à poesia, à manipulação de frequências e à soundcollage.
Lançou em 2024, o disco “Absedo” (independente), fruto de uma investigação artística e arquivística sobre o património megalítico do distrito de Viseu.
Além do trabalho no campo da arte sonora, Joana trabalha também com desenho, fotografia, escrita, e vídeo, aliando objectos gráficos, a qualquer um destes discursos — o ponto de partida para estas práticas surge muitas vezes a partir da vida quotidiana pessoal, do acaso, da paisagem, de elementos de arquivo pessoal ou de domínio público que sejam considerados pertinentes abordar.
Ao longo dos últimos anos, Joana tem apresentado o seu trabalho a solo ou partilhando palco com outros artistas como Manja Ristić, Tiago Sousa, Joana Guerra ou o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa.