ZDB

Transdisciplinar
segundas na z

saudades street view ~ segundas na z

— João Parente + Henrique Fagundes

seg29.07.2422:00
Galeria Zé dos Bois


Saudades Street View © João Parente
Fóssil (Cicatriz) © Henrique Fagundes

~ segundas na z ~ Encontros e experimentação, todas as segundas-feiras, no terraço, às 22h. Iniciadas por Claudia Lancaster, continuam com Laura Gama Martins.

Por que é que guardo tudo isto?

Por meio de ambientes virtuais, Saudades Street View constrói-se como uma anotação sobre memórias. Memórias passadas, memórias falhas, memórias que já deixaram os nossos cérebros e existem apenas preservadas nos nossos arquivos digitais. Exercitamos a permanência de vivências que existem em telas, códigos, artefactos imateriais e lugares virtuais das nossas infâncias. A partir disso, pensamos em como lembramos. Como nos apropriamos das nossas lembranças como protótipo, como prática, como ofício das nossas vidas.

Através dessa fantasmagoria que existe entre os nossos mapas mentais e os nossos HDs, experimentamos. Entre arquivar e fazer, assumimos a nossa linguagem nascida no digital, como expressão de algo que já foi ou que está quase a esvaziar-se, e convidamos à navegação nestes dois espaços virtuais distintos: Saudades Street View, de João Parente, e Fóssil (Cicatriz), de Henrique Fagundes. Ambos os espaços são reflexo de conversas sobre o passado, o futuro, o presente, o amargor e a saudade.

Da nostalgia em torno do não pertencimento enquanto imigrante, da nostalgia vivida em torno da crise climática e da busca de um refúgio e sobrevivência, só se existe quando se está em relação com algo. Que espírito nasce daí?

João Parente

João Parente (n. 1995, Manaus, Brasil) é artista multimédia, performer, designer e ilustrador. Licenciou-se em Arte Multimédia pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa em 2022′. No seu trabalho autoral, Parente explora a tração contida no ruído comunicacional, enquanto tenciona o virtual, o físico, as interfaces e os seus desdobramentos. Recentemente, apresentou o seu trabalho na Galeria Irmã Feia (‘New Game Jogo Velho’, vídeo digital, 2023, Exp. Coletiva ‘Bandeira Branca), na Galeria Zé dos Bois (O olho que mais choro é o esquerdo, video-performance, 2023, na estreia de BRUTA, ‘segundas na z – Aline Belfort x WWW) e no MUNHAC (‘Omni-, oni-, ovni-‘, instalação com cartões postais, 2022, Exp. Coletiva ‘PANDEMIA’).

Henrique Fagundes

Henrique Fagundes (Canoas, Brasil) é artista multimédia e arte-educador. Nas suas investigações, bem como nas suas proposições e ações educacionais, pensa o uso dos novos media como ferramentas políticas e poéticas, refletindo-os como instrumentos de emancipação de novas narrativas e contextos. Ultimamente, tem voltado a sua pesquisa para Realidade Virtual e Realidade Aumentada como expressões sensíveis sobre autoficção, memória e espaços afetivos. Dentre as suas principais exposições estão a coletiva “Crash”, na Zipper Galeria, e a individual “Funk Ficção”, em Salamanca, Espanha. Recentemente, foi contemplado pelo 10º Prémio Marcantonio Vilaça de Artes Visuais, compondo, a partir da premiação, o acervo da Casa de Cultura Mário Quintana.

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